CRENÇAS E ATITUDES NAS ESCOLAS DO CAMPO: O QUE DIZEM OS PROFESSORES SOBRE OS FENÔMENOS VARIACIONISTAS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO?

Lenilson de Almeida Feitosa

Resumo


Estudos sobre Crenças e atitudes linguísticas revelam comportamentos, sentimentos e percepções dos falantes frente a sua língua ou de outrem. Nesse sentido verificar as atitudes dos professores de língua portuguesa das escolas do campo torna-se crucial. Os motivos justificam-se perante os fenômenos linguísticos recorrentes nas falas dos discentes, tais como: rotacismo, alteamento vocálico, ditongação, concordância etc. Assim sendo, delineou-se como objetivo central: Avaliar as atitudes linguísticas dos docentes de LP, diante dos fenômenos variacionistas do PB, proferido pelos alunos do 6º ano em uma Escola Pública Municipal, localizada no território rural do município de Breves/PA. O posicionamento negativo ou positivo dos professores é pedra angular para depreender a respeito de suas práticas pedagógicas com a variação linguística. O aporte teórico recorreu aos estudos das Crenças e atitudes de Lambert e Lambert (1972), Fernandez (1998); da Sociolinguística educacional: Bortoni-Ricardo (2014), Bagno (2008), das literaturas da Educação do Campo: Abreu (2013), Caldart (2012) dentre outros. Os procedimentos metodológicos seguiram etapas para a coleta e a composição do corpus: (i) Pesquisa bibliográfica (ii) pesquisa de campo (iii) foi aplicado um questionário com perguntas semiestruturadas para três professores de LP da referida escola (iv) a abordagem da pesquisa é de caráter quanti-qualitativa da pesquisa descritiva. Os resultados constataram que as atitudes dos professores são negativas para o uso de variantes estigmatizadas do PB, e positiva para o uso da variedade de prestígio. A prática docente valoriza o ensino prescritivo da gramática normativa, com pouquíssima ênfase à pedagogia da variação linguística.

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REVISTA ELETRÔNICA FALAS BREVES. BREVES - PA, ISSN 23581069