TELAS DE PAPEL: TANATOGRAFIA AUDIOVISUAL EM SYLVIA - PAIXÃO ALÉM DAS PALAVRAS E AS HORAS
Resumo
O objetivo deste trabalho é analisar a reverberação das obras de Sylvia Plath e Virginia Woolf nos filmes: Sylvia: Paixão Além das Palavras e As Horas – produções lançadas no Brasil em 2003. Mais especificamente, faremos percursos analíticos dessas traduções coletivas aproximando o cinema literário (Silva Junior; Gandara) da intersemiótica (Campos; Stam). Mostrando como elementos artísticos dialogam entre si, lançando metáforas e tensões que atravessam tempos distintos, compondo uma tela unificada pela morte como linguagem, vamos mostrar caminhos para a construção de tanatografia audiovisuais. A cronotopia fílmica de As Horas se estrutura pela montagem e pelos diálogos, operando efeitos como simultaneidade, respondibilidade e moto-contínuo. Diferentemente do filme sobre Sylvia Plath, em que os pontos de tradução coletiva são delimitados e acabam se voltando para um elemento biográfico redutor. Assim, a tradução entre signos se volta à inscrição da finitude e, nesse gesto, câmera, montagem , luz e tantos elementos cinêmicos evocam a presença tanatográfica que atravessa a estética audiovisual como grafia última de decomposições biográficas em tela.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFINDEXADORES
REVISTA ELETRÔNICA FALAS BREVES. BREVES - PA, ISSN 23581069



