NOTAS SOBRE MISSIVAS FEMININAS NA PROVÍNCIA DO GRÃO-PARÁ

Márcia do Socorro da Silva Pinheiro, Germana Maria Araújo Sales

Resumo


A instrução feminina era assunto debatido desde os fins do século XVIII e movimentava o meio intelectual de Portugal e do Brasil no decorrer do século XIX. Contudo, alguns setores da sociedade consideravam prudente manter as mulheres afastadas das decisões e ignorantes em relação aos fatos importantes da esfera pública. No contexto das lutas liberais, nos quais observamos propostas claras para a educação da mulher e poucas ações concretas, as vozes de algumas delas destacaram-se por meio da imprensa. É o caso da escritora Maria Amália Vaz de Carvalho (1847-1921) que atuava como articulista de periódicos de circulação em Portugal e no Brasil. Nesse sentido, objetivamos analisar comparativamente os “Cartas às raparigas” (1897), “A imaginação” (1898) publicadas n’A Província do Pará (1876-2001) e “O movimento feminista atual” publicada na Folha do Norte (1896-1974) em 1896, tal material circulou na segunda metade do século XIX em Belém. Destacamos também que tal pesquisa, possibilitou que fosse elaborado um esquema das temáticas apresentadas nos textos da referida autora a fim de conjecturarmos acerca da leitura e da apreciação pelos leitores no contexto do século XIX. Como aporte teórico-crítico apontamos os trabalhos de Roger Chartier (1990) Michele Perrot (2007), e Irene Vaquinhas (2018).


Palavras-chave


Maria Amália Vaz de Carvalho. Instrução feminina. Meio intelectual. Imprensa Oitocentista.

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REVISTA ELETRÔNICA FALAS BREVES. BREVES - PA, ISSN 23581069